As 34 gírias do jiu-jítsu brasileiro mais conhecidas
O que nos difere dos outros animais é a nossa capacidade de criar linguagem verbal; e as gírias são algumas das coisas mais criativas e divertidas que podemos inventar.
Assim como em qualquer outro esporte, também existem gírias dentro do jiu-jítsu.
A lista abaixo não é um glossário de jiu-jítsu ou um dicionário de jiu-jítsu, apenas uma lista com as 34 gírias mais usadas nas academias de jiu-jítsu brasileiro (BJJ).
Conheça e divirta-se!
“O amarelão já correu.”
Lutador que, por medo de ser derrotado, não entra em um combate já declarado, seja na academia ou mesmo em uma competição. Inventa desculpas ou sai de fininho.
“Vai amarrar ou vai lutar?”
“Amarrar” a luta significa, basicamente, manter os membros contraídos, de modo que o oponente não consiga acessar as partes importantes do corpo para conectar golpes. Quem amarra a luta em competições recebe punições e pode ser até mesmo desclassificado.
“Amassa!”
Aplicar uma pressão muito incômoda no oponente ao passar a guarda, com a intenção de mostrar sua superioridade naquele instante e, também, desestabilizar o emocional.
“Apaga-mas-não-bate…”
O apaga-mas-não-bate é aquele que não gosta de “dar o braço a torcer”, ou seja, prefere ser finalizado perigosamente, sofrendo alguma lesão física ou mesmo desmaiando (apagando).
“Já vou lavar minha armadura.”
Nome alternativo e sugestivo para se referir ao kimono, fazendo alusão tanto à guerra quanto ao guerreiro de jiu-jítsu.
“De novo, bicho de pé?!”
Aquele que se especializa em finalizar seus oponentes lhes aplicando chaves de pé.
“Não bateu. Então, na dúvida, botei pra dormir.”
Estrangular o adversário a ponto de desmaiá-lo.
“Esta final será entre dois cascas grossas.”
Um lutador casca grossa é bastante temível, encara qualquer desafio, é muito resiliente e focado, duríssimo nos combates, não desiste fácil, tem muita força, nem sempre é muito técnico, mas sua bravura de determinação vencem combates.
“O cara é cascudo demais. Vai vencer mais uma.”
Semelhante ao casca grossa, o cascudo é um lutador astuto, que dificilmente se entrega e sempre encontra uma forma de escapar das finalizações, tornando-se um grande desafio para seus oponentes.
“Lá vem o Creonte…”
Aquele que abandona sua academia e sai falando mal dela, de forma injusta e traidora, não assumindo nunca seus defeitos e falhas. Geralmente, o Creonte é fofoqueiro e vive pulando de galho em galho, não parando em academia alguma e termina por se queimar com toda a comunidade do jiu-jítsu.
“Esse aí está enfemado, olhe lá quem está perto dele!”
Lutador que mantém a sua namorada por perto em ambiente de treino ou competição e que, por isso, fica como um galo mole e apaixonado, não plenamente focado no seu jiu-jítsu.
“Vamos! Espalhe o frango e finalize!”
Uma sequência de movimentos que consiste em realizar a montada nas costas do oponente, passar as pernas por entre as pernas dele, aplicar uma força que faz com que as pernas dele se espalhem no chão, sem que ele consiga voltar a ficar de quatro, semelhante a um frango esticado durante o preparo culinário.
“Esse é um fenômeno."
Lutador muito sagaz e competente, que progride muito bem e se gradua rapidamente, deixando todo mundo bastante surpreso por onde ele passa.
“O frango d’água nem apareceu para o treino de hoje.”
Lutador mais franzino, com pescoço e membros longos, que não bota medo em ninguém.
“Vá pra cima, galo corrido! Não fuja, não.”
Lutador que foge do combate quando “a jaula se fecha”, se esquivando demais, não indo pra cima e ficando quase sempre no sufoco, encolhido, tentando escapar.
“Mais tarde, vou treinar com um gasparzinho.”
Quem está na faixa branca.
“O mendigo está mandando muito bem hoje.”
Quem sempre usa o mesmo kimono surrado, rasgado e todo remendado.
“Aquele mochileiro não me largou o tempo inteiro.”
Lutador que quase sempre quer montar nas costas dos oponentes.
“Eu não perco tempo lutando com mutuca.”
O mesmo que “galo corrido”.
“Ogro demais. Vai acabar machucando o amigo.”
Lutador que parte para cima, de forma bruta e assustadora, sem se importar com o tamanho, a idade e até o sexo do oponente, sem noção da sua própria força.
“O cara é experiente. Veja o tamanho da [orelha de] couve-flor.”
Orelha que sofreu danos físicos por atrito contra o tatame, o corpo e o kimono dos lutadores oponentes, além de lesões e inflamações decorrentes de dobras acidentais durante as lutas, ficando com aspecto semelhante ao de uma couve-flor.
“Pra mim, ele não passa de um pangaré.”
Sujeito cujas habilidades não condizem com a sua faixa de graduação, causando desconfiança dentro de um grupo de graduados.
“Passou com o carro [carroçou] sem dó.”
Nocautear o oponente brutalmente, não lhe dando chance de reação, como um carro que atropela uma pessoa sem que ela tenha tempo de reagir para evitar o pior.
“O pela-saco chegou chegando.”
Indivíduo que “puxa o saco” dos professores e dos melhores alunos graduados da academia que ele frequenta, tornando-se chato e inconveniente para os outros alunos.
“Pitboy não frequenta a nossa academia.”
Sujeito que usa o jiu-jítsu para se mostrar e se sentir superior em qualquer lugar que ele frequente, arranjando confusões, violentando e humilhando pessoas ao seu redor e criando inimizades com os próprios lutadores de jiu-jítsu.
“O poderoso já se vai.”
Lutador egoísta, que não é humilde o bastante para dedicar um pouco do seu tempo para treinar com alunos de menor graduação, mas adora treinar com lutadores de graduação maior que a dele.
“Ele é esforçado mesmo, um rato de tatame.”
(1) Praticante persistente, que praticamente vive dentro das academias, não falta às aulas e está quase sempre presente em todos os treinos da academia. (2) Exímio lutador de jiu-jítsu que, de tantas horas de tatame, acaba atraindo a atenção de muitas pessoas.
“Bora resenhar?!”
Período de descontração após um treino, momento em que os lutadores revisam e comentam suas atuações e trocam ideias.
“Vamos dar um rola [rolar] à tarde?!”
Lutar ou treinar jiu-jítsu. Chamar para uma luta ou treino.
“Alá! É sapateiro ou não é?!”
O mesmo que “bicho de pé”.
“Vou treinar com um smurf hoje.”
Quem está na faixa azul.
“Vamos fazer uma sessão de soltinho?!”
Treino técnico combinado, repetitivo e “solto”, realizado em velocidade mais lenta, visando o aprendizado da execução perfeita dos golpes.
“Tomei uma blitz inesperada e perdi a luta.”
Ser surpreendido tecnicamente pelo oponente, várias vezes e em sequência, com muita movimentação, sem conseguir se defender muito bem, ficando confuso e vulnerável.
“Ou dá três tapinhas ou apaga.”
Quando o lutador sendo finalizado dá três tapinhas em qualquer parte do corpo do oponente, sinalizando sua derrota na luta. Neste momento, o lutador dominante deixa de atuar, livrando o lutador derrotado de um golpe fatal, como um mata-leão ou um arm-lock.
“Se machucou de novo. É UTI.”
Sujeito que sempre se machuca e desaparece dos treinos.
Vai iniciar no jiu-jitsu?!
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